A maior parte da calçadas brasileiras são estreitas. O país não possui padrão nacional de execução. Cada município faz ou permite fazer calçadas de diferentes formas. No intuito de ajudar os deficiente visuais achar seu caminho nelas, vemos uma proliferação do uso da placa direcional, nas novas calçadas do país, favorecendo alguns e complicando a vida de outros. Cartilhas e manuais de muitas prefeituras tem recomendado e exigido o seu uso. Queremos ressaltar aqui o bom senso ao emprego delas e alternativas interessantes para questão. Achamos interessante o emprego delas em áreas grandes, quando não temos outra linha direcional de referência. É bom não pecar por excesso!
A Norma Brasileira de Regulamentação NBR9050 estabelece medidas mínimas para a faixa de serviço da rua e de locomoção de pessoas, como pode ser visto no desenho anexo: 70cm de faixa de serviço e 120 cm de faixa de circulação de pessoas. O ideal é sempre maior se quisermos ter árvores de porte com sombreamento de calçadas. Temos visto o uso do piso direcional para deficientes visuais locadas geralmente no centro desta faixa de caminhar em calçadas muito estreitas.
Tendo em vista a dificuldade que é andar sobre este piso com estas saliências como: rolar com um carrinho de bebê ou um andador de idoso, andar segurando a mão de uma criança e mesmo de um adulto, sem pisar em cima desta textura pois ela favorece o desequilíbrio de quem anda, causando muitas torções e quedas. Postamos aqui uma solução que algumas cidades vem usando e nos pareceu muito apropriado para situação ao invés do uso das placas direcionais. Deficientes facilmente percebem a diferença de texturas no piso e nestes exemplos achamos que tudo fica bem para todos. A faixa de serviço fica bem marcada com o emprego de um material diferente ou o tratamento diferenciado de textura no acabamento delas, deixando assim a faixa de caminhar livre de saliências e obstáculos nas calçadas. Podemos marcar esta linha com o emprego de pisos de materiais diferentes e até vegetação, sempre recomendando algo que sempre ajude na permeabilidade do solo com áreas de superfície drenante.
Os exemplos abaixo, cremos que com a faixa vegetal tão marcada não teria necessidade do uso do piso direcional, pode-se sentir muito bem a demarcação da faixa de caminhar com o uso da vegetação e do piso. Não que esteja errado, mas, não necessário.